Grandes labaredas e explosões de energia - atividade que, acreditava-se, era exclusiva dos pulsares mais fortemente magnetizados - foram detectadas emanando de um pulsar fracamente magnetizado e de rotação lenta. A equipe de astrofísicos que fez a descoberta acredita que a fonte da potência desse pulsar pode estar oculta sob a superfície. Pulsares, ou estrelas de nêutrons, são os remanescentes de estrelas de grande massa. Embora tenham, em média, apenas 30 km de diâmetro, eles contam com campos magnéticos poderosos na superfície, bilhões de vezes mais intensos que o do Sol. O tipo mais intenso de pulsar tem campo magnético de superfície de 50 a 100 vezes maior que o normal e emite poderosas labaredas de raios gama e raios X. Astrônomos acreditam que o campo magnético desses astros, chamados magnetares, sejam a fonte fundamental de energia para explosões de raios gama. Estudos teóricos indicam que o campo magnético interno dos magnetares é, de fato, ainda mais intenso que o da superfície, uma propriedade que pode deformar a crosta e propagar-se para fora. O decaimento do campo magnético leva à produção contínua de raios X, causada pelo aquecimento da crosta ou pela aceleração das partículas. Uma pesquisa publicada na edição desta semana da revista Science, sugere que a mesma fonte de energia pode funcionar também em pulsares mais fracos, que não atingem a intensidade de campo magnético de um magnetar. As observações, feitas pelos telescópios de raios X, Chandra e Swift, da estrela de nêutrons SGR 0418, podem indicar a presença de um imenso campo magnético interno nesses pulsares aparentemente fracos. "Descobrimos atividade do tipo magnetar em um novo pulsar de campo magnético muito baixo", disse, por meio de nota, a pesquisadora Silvia Zane, do University College London, que é co-autora da pesquisa. Segundo ela, trata-se de uma descoberta sem precedentes, que levanta a questão de qual o mecanismo que gera a energia das explosões de radiação. "Também estamos interessados em que proporção da população de estrelas de nêutrons normais e de baixo campo magnético da galáxia pode, em algum momento, acordar e se manifestar como uma fonte de labaredas", acrescentou.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Descoberta estrela de nêutrons com fonte secreta de energia
Grandes labaredas e explosões de energia - atividade que, acreditava-se, era exclusiva dos pulsares mais fortemente magnetizados - foram detectadas emanando de um pulsar fracamente magnetizado e de rotação lenta. A equipe de astrofísicos que fez a descoberta acredita que a fonte da potência desse pulsar pode estar oculta sob a superfície. Pulsares, ou estrelas de nêutrons, são os remanescentes de estrelas de grande massa. Embora tenham, em média, apenas 30 km de diâmetro, eles contam com campos magnéticos poderosos na superfície, bilhões de vezes mais intensos que o do Sol. O tipo mais intenso de pulsar tem campo magnético de superfície de 50 a 100 vezes maior que o normal e emite poderosas labaredas de raios gama e raios X. Astrônomos acreditam que o campo magnético desses astros, chamados magnetares, sejam a fonte fundamental de energia para explosões de raios gama. Estudos teóricos indicam que o campo magnético interno dos magnetares é, de fato, ainda mais intenso que o da superfície, uma propriedade que pode deformar a crosta e propagar-se para fora. O decaimento do campo magnético leva à produção contínua de raios X, causada pelo aquecimento da crosta ou pela aceleração das partículas. Uma pesquisa publicada na edição desta semana da revista Science, sugere que a mesma fonte de energia pode funcionar também em pulsares mais fracos, que não atingem a intensidade de campo magnético de um magnetar. As observações, feitas pelos telescópios de raios X, Chandra e Swift, da estrela de nêutrons SGR 0418, podem indicar a presença de um imenso campo magnético interno nesses pulsares aparentemente fracos. "Descobrimos atividade do tipo magnetar em um novo pulsar de campo magnético muito baixo", disse, por meio de nota, a pesquisadora Silvia Zane, do University College London, que é co-autora da pesquisa. Segundo ela, trata-se de uma descoberta sem precedentes, que levanta a questão de qual o mecanismo que gera a energia das explosões de radiação. "Também estamos interessados em que proporção da população de estrelas de nêutrons normais e de baixo campo magnético da galáxia pode, em algum momento, acordar e se manifestar como uma fonte de labaredas", acrescentou.
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