O Irã não é exatamente uma potência espacial, mas também não está poupando esforços para isso. Com o objetivo de aprimorar seu conhecimento nesta área estratégica o país agora pretende lançar um macaco em vôo suborbital e trazê-lo são e salvo de volta à Terra. A data de lançamento ainda não foi definida, mas de acordo com o último comunicado da agência espacial iraniana, ISA, o lançamento do foguete estava previsto para acontecer após o Ramadã (mês sagrado islâmico), que terminou em 19 de agosto. Essa não é a primeira vez que o país mostra interesse em colocar animais em órbita. Em janeiro de 2012 um foguete do tipo Saffir levou ao espaço a cápsula Kavoshgar-3, tendo a bordo minhocas, um rato e duas tartarugas. O ponto significativo foi que os animais retornaram à Terra em segurança, demonstrando que o país já detém, pelo menos parcialmente, capacidade de retornar cargas do espaço. O próximo vôo pretende levar ao espaço um macaco da espécie Rhesus (macaca Mullatta), um primata da família Cercopithecidae que habita as florestas temperadas da Índia, China e Afeganistão. Pelas suas características os rhesus são extensivamente estudados e usados em experiências laboratoriais, sendo que o fator sanguíneo Rh foi primeiro demonstrado em macacos dessa espécie. Se tudo der certo e o macaco for trazido com segurança a Terra, o experimento deverá ser o maior avanço do programa espacial iraniano. "Isso deverá demonstrar a capacidade do país de trazer cargas científicas colocadas em órbita, o que não é tão simples assim", disse o especialista em uso militar do espaço Bhupendra Jasani, ligado ao King’s College London. "Apesar de ser um grande avanço, a colocação de humanos no espaço deverá levar ainda alguns anos", completou. Jasani. As incursões iranianas na exploração espacial têm surpreendido os especialistas internacionais devido à sua velocidade e capacidade de sigilo. O país já lançou três satélites domésticos e um quarto está para ser lançado nos próximos meses. Atualmente, o Irã é o nono país com capacidade de colocação de satélites em órbita baixa e o sexto a enviar animais para o espaço.
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